Histórico
A
Coleção de Campylobacter (CCAMP) foi reconhecida pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC) no ano de 2001, porém teve seu início nos primeiros anos
da década de 90, quando se verificou que a existência de um acervo de isolados brasileiros seria de suma importância para a comunidade
científica nacional e internacional.
Outro dado relevante que contribuiu para dar início à
CCAMP foi o fato da maioria dos laboratórios clínicos ou mesmo de pesquisa
do Brasil não incluírem estes microrganismos nos exames de rotina e linhas de pesquisa, pois
Campylobacter spp. era negligenciado
como patógeno e sua presença pouco documentada, o que ainda pode ser observado nos dias atuais.
As coleções de culturas bacterianas podem ser consideradas excelentes fontes de bactérias para bioprospecção de insumos de
interesse biotecnológico, por constituírem bibliotecas genômicas que podem ser comparadas futuramente.
Assim, iniciamos a
CCAMP acreditando que um acervo contendo linhagens circulantes em território nacional,
caracterizadas feno-genotipicamente, poderá contribuir para o conhecimento da ecologia e epidemiologia das espécies do
gênero
Campylobacter, possivelmente revelando variações sutis em relação à amostragem dos países industrializados,
oferecendo subsídios para o desenvolvimento tecnológico e, principalmente, visando o controle e a prevenção da
campilobacteriose no país.
O acervo da
CCAMP cresce de modo contínuo, em decorrência dos isolamentos de linhagens deste gênero
bacteriano a partir dos projetos de pesquisa desenvolvidos no Setor de
Campylobacter do Laboratório de Zoonoses
Bacterianas, assim como de projetos de colaboração em níveis nacional e internacional.